terça-feira, 29 de junho de 2010

Pesquisa Vox Populi

Vox Populi: Dilma Rousseff (PT) 40% x 35% José Serra (PSDB)


Pesquisa Vox Populi sobre a eleição presidencial indica que Dilma Rousseff (PT) tem 40% das intenções de voto. José Serra (PSDB) tem 35%. Marina Silva (PV), 8%. A sondagem foi feita de 24 a 26.jun.2010 e tem margem de erro de 1,8 ponto percentual. O Blog vai publicar mais resultados obtidos pelo Vox Populi assim que eles estiverem disponíveis.

Pela 1ª vez, Dilma passa a frente de Serra em pesquisa Vox Populi. A última sondagem do instituto (feita de 8 a 13.mai.2010) indicou empate técnico entre os candidatos, por conta da margem de erro – que era de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos. Em maio, no cenário em que apenas os Dilma, Serra e Marina foram apresentados aos entrevistados , a petista teve 37% (podendo variar de 34,8% a 39,2%, por conta da margem de erro). O tucano teve 34% (variando de 31,8% a 36,2%).

Na semana passada (em 23.jun.2010), o Ibope também divulgou sua 1ª pesquisa em que Dilma ficou à frente de Serra. Por coincidência, o resultado foi 40% contra 35%.

Espontânea

Os resultados acima são da pesquisa estimulada (em que o entrevistador apresenta uma lista com nomes dos candidatos para o entrevistado). A pesquisa Vox Populi divulgada hoje (29.jun.2010) mostra ainda resultados obtidos na modalidade espontânea (em que o eleitor diz qual é seu candidato sem ver nenhuma lista de nomes): Dilma tem 26% e Serra tem 20%.
O Vox Populi entrevistou 3 mil eleitores, de 24 a 26.jun.2010. O registro da pesquisa no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) é o 16944/2010.

 
Por Fernando Rodrigues

domingo, 20 de junho de 2010

Comentário de colunista - 2

Marina é um perigo, é candidata da paz
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Numa campanha feroz e marquetada, ela parece que saiu da floresta de "Avatar"

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O desempenho da candidata Marina Silva na sabatina da Folha trouxe um aviso. Ela não é uma excentricidade. Numa campanha de ferocidades marquetadas, ela fala baixo, é serena. Não está com raiva nem vê o prenúncio do fim do mundo nos adversários. Pela biografia, não precisa brincar de rico contra pobre nem de pobre contra rico, muito menos de Lula ou anti-Lula: "É por isso que eu estou aqui, para quebrar o plebiscito".

Ela teve entre 7% e 12% nas últimas pesquisas e, pela exposição recente, deverá subir. A partir de agosto, levará a pancada da falta de espaço no horário gratuito oficial, pois terá apenas um minuto e meio diário. Poderá se preservar com a equanimidade do noticiário dos meios de comunicação.

De início, supunha-se que Marina tiraria votos destinados ao PT, mas isso não é mais uma certeza. Ela cresce junto aos jovens e junto a eleitores que se lembram do Brasil distendido de Fernando Henrique Cardoso. Percebe-se até mesmo um tipo de preferência móvel, a da pessoa que prefere votar em Marina, mas confessa: "Se eu sentir que assim elejo a Dilma no primeiro turno, voto no Serra". A essa altura da campanha, Marina Silva representa um voto sem culpas por mensalões ou privatarias.

Há quatro anos, existiu o caminho alternativo de Heloísa Helena, mas a senadora incomodava pela estridência. A ex-ministra do Meio Ambiente, com seu jeito de quem saiu ou está a caminho do filme "Avatar", aparece como uma candidata da paz, de um Brasil que há 21 anos não vê uma campanha eleitoral sangrenta e sente-se muito bem assim.

Elio Gaspari
Folha de São Paulo, 20/06/2010

Comentário de colunista - 1

A CARA


Não há dúvida: sucesso onde quer que vá, quem faz é Marina Silva.

Jânio de Freitas
Folha de São Paulo - 20/06/2010

domingo, 6 de junho de 2010

O futuro começa agora

Agora ou nunca


Saio de férias, deixando você entregue à Copa, às convenções partidárias e aos presidenciáveis, especialmente a José Serra e a Dilma Rousseff que, entre tantas coisas em comum, têm a urgência: ou ganham a Presidência desta vez ou não ganham nunca mais.

Serra, pela idade. Ex-prefeito, ex-governador, ex-ministro do Planejamento e da Saúde e com uma coleção de vitórias e derrotas -inclusive para a Presidência, em 2002, para Lula- ele tem 68 anos. Se perder, foi-se o sonho de subir a rampa. A fila anda. Em 2014, será a vez de Aécio Neves.

Dilma, pela artificialidade da candidatura. Ex-ministra de Minas e Energia e da Casa Civil, ela nunca disputou cargo eletivo e, portanto, nunca foi vereadora, deputada, senadora, prefeita nem governadora e não chega a ser um peixe dentro d'água no PT.

Só está candidata por obra e graça de Lula. Ele decidiu, o PT engoliu, os aliados foram atrás. Se ela perder, evapora-se a presidenciável. Ou Lula vem aí como candidato em 2014, ou o PT vai querer impor um nome realmente seu.

A diferença entre o tucano e a petista é que Serra é um político de carreira e, presidenciável ou não, mantém o fôlego eleitoral para outras disputas que não para presidente e a capacidade de articulação no PSDB e arredores. Dilma volta a ser burocrata, provavelmente sem liderança central no PT.

Do trio em disputa, só Marina Silva tem condições de sair da campanha e se recompor para a próxima presidencial. Por causa do "recall", da idade (52), da biografia, da oportunidade do debate ambiental e por ser uma terceira via para esse confronto infernal entre PT e PSDB. Tudo depende das urnas. Ou do patamar que conseguir no final.

É bastante diferente, portanto, do que ocorre com os favoritos Serra e Dilma. Lula perdeu três e ganhou na quarta, mas os dois jogam seu destino como nunca nesta campanha. Para ambos, é agora ou nunca.

PS - Até a volta!

Eliane Cantanhêde
Folha de São Paulo, 06/06/2010

sábado, 5 de junho de 2010

Pesquisa IBOPE

Ibope: Serra e Dilma estão empatados com 37% das intenções de voto

UOL Eleições
Em São Paulo

Os pré-candidatos à Presidência da República José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) estão empatados com 37% das intenções de voto, segundo a pesquisa Ibope divulgada neste sábado (5). O levantamento foi contratado pela "Rede Globo" e pelo jornal "O Estado de São Paulo".
Marina Silva, pré-candidata pelo PV, aparece com 9%. Votos brancos e nulos somam 9% e os indecisos, 8%.
A pesquisa ainda analisou o índice de rejeição dos candidatos. Questionados em qual candidato não votariam de jeito nenhum, 24% dos eleitores disseram o nome de Serra, 19% o de Dilma e 15% citaram Marina.
Numa simulação do segundo turno das eleições entre Serra e Dilma, ambos aparecem novamente empatados com 42%. Votos brancos e nulos somam 9% e os indecisos, 7%.
Governo Lula tem 86% de aprovação
O Ibope também ouviu a opinião dos eleitores sobre o governo Lula. Dos entrevistados, 86% aprovam a atual administração, contra 11% que disseram desaprovar. Ainda conforme a pesquisa, 75% consideram o governo Lula ótimo ou bom ; 20% regular e 5% ruim ou péssimo.
De zero a dez, o presidente Lula recebeu nota média de 7,8 dos entrevistados. A pesquisa Ibope entrevistou 2.002 pessoas entre os dias 31 de maio e 3 de junho. A pesquisa tem margem de erro de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos e está registrada no TSE (13642/2010).

Comentário do Blog: Praticamente repete os números da última pesquisa Datafolha.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

O preço do movimento sindical

Centrais receberam R$ 228 mi da União desde 2008


Aliadas de primeira hora, as centrais sindicais já receberam do governo Lula R$ 228,3 milhões em repasses do imposto sindical.

Esses recursos começaram a engordar o caixa das entidades a partir de 2008, quando o Congresso aprovou projeto do Executivo para oficializar o papel das centrais dentro da estrutura sindical.

Com a mudança, o governo concordou em abrir mão de metade de sua fatia do imposto sindical para beneficiar as centrais. Só neste ano já foi arrecadado R$ 1,684 bilhão com a contribuição, compulsória a todos os trabalhadores, sindicalizados ou não. 2010 deve ser recordista no recolhimento do tributo.

Na prática, isso garante mais poder de fogo às centrais em pleno ano de eleições. Das 6 entidades que recebem o repasse, 5 já declararam, formal ou informalmente, apoio à pré-candidata petista Dilma Rousseff.

Segundo a lei, entidades com maior representatividade têm direito a parcela maior da contribuição. Juntas, CUT (Central Única dos Trabalhadores, braço sindical do PT) e Força (central ligada ao PDT, que apoiará Dilma) respondem por mais de 50% do repasse. Neste ano, as duas já embolsaram quase R$ 50 milhões.

No STF (Supremo Tribunal Federal), o repasse do imposto sindical às centrais está sendo questionado em uma ação movida pelo DEM.

Desde março o julgamento está parado, com mudança no placar, antes desfavorável aos sindicalistas. Três ministros apoiam o repasse e três são contra. Quatro faltam votar. Um -José Antonio Dias Toffoli- está impedido.

Em 2007, a Câmara aprovou o fim do recolhimento compulsório. Sob pressão de sindicalistas e com a ajuda do governo, porém, o Senado restabeleceu a cobrança meses depois. Na época, comprometeram-se a levar adiante a troca do imposto por outro tipo de contribuição.

Folha de São Paulo, 03/06/2010